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Protegido: CRÔNICAS DE UM TRADUTOR DE ALIENÍGENAS – II – DESMASCULINIZAÇÃO “FAILED”

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CRÔNICAS DE UM TRADUTOR DE ALIENÍGENAS – I – (Re)Apresentando Maurício

Não sei se já comentei sobre Maurício…

Talvez, sim, mas com outro nome, para não revelar sua identidade. Mas ele mesmo me pediu que eu o rebatizasse com um nome só, porque, a cada escrito, referia-me a ele com um nome diferente. E disse que poderia ser Maurício.

Na verdade, eu estava evitando criar um personagem baseado em alguém ou que suas histórias fossem associadas ao verdadeiro protagonista.

Mas, amarremos o burro à vontade do dono.

Pois então: Maurício é um amigo de velhas datas. Apesar disso, a gente se vê muito pouco, “de caju em caju”, como diz o sábio povo da roça.

E agora, com os meios virtuais de comunicação, esses encontros físicos diminuíram. Mas não deixaram de acontecer, nem perderam a qualidade com o passar dos anos.

Maurício gostar de me falar sobre suas ideias, seus sonhos, pontos de vista, teorias…enfim, gosta de me falar de praticamente tudo que se passa em sua cabeça. Mas isso vem sempre acompanhado de um pedido: “Você tem como traduzir isso para o papel?”.

E, em meio a um sorriso cinquentenário, completa, antes que eu diga que estou ocupado: “É que quando você escreve, a gente consegue enxergar o pensamento! Parece um emoji!”.

(Você, que não se sente à vontade com expressões chulas, pode pular o próximo parágrafo e não vai estar perdendo nada).

Como dizem os mais experientes: “com cuspe e jeito, se come qualquer sujeito”. Nossa! Horrível, essa! Pois é! Mas acho que traduz tudo (e dispensa o emoji!).

(Pronto! Pode continuar daqui em diante).

É certo que exagera.

Na verdade, mente.

Mas, diante do que sempre acontece (de eu “traduzir” o que ele me pede), chego mesmo a pensar que se eu fosse uma mulher ou um desses caras bonitões que a mulherada manda recado, estaria lascado (ou lascada, dependendo do caso! Opa: essa, não deu tempo de avisar antes!), porque iria cair em qualquer cantada mais ou menos criativa, ainda que repetida!

Enfim, quando ele liga e diz: “Estou passando aí” ou “Entra aí no Skype”, já sei que lá se foram, no mínimo, quatro horas do meu dia (o qual, com certeza, não tinha ele na agenda).

“Quem tem amigos, não se governa”. Ah! O povo e seus ditados!

Mas, devo confessar, acabo curtindo isso e “entro na viagem”. Assim, o tempo não fica de todo desperdiçado, pois, afinal, não é todo dia que encontramos alguém para brincar com o pensamento.

E como as coisas que ele me pede para “traduzir” são, muitas vezes, bizarras, fora do tempo ou encaminhadas de locais insólitos, acabei acrescentando um adjetivo ao seu pseudônimo: Maurício, o Alienígena.

Uma hora dessas trago notícias dele.